…mas nós sim. A Jaguar mostrou em Stuttgart como fazer um esportivo 4 cil. com alma
Quando o trabalho começou num Jaguar F-type quatro cilindros, o maior temor do engenheiro chefe de produto Erol Mustafa era como ficaria o ronco dele. As versões V6 e V8 sempre ostentaram trilhas sonoras maravilhosas e a Porsche já havia enfrentado este problema com seu Cayman e Boxster 718 4 cil. “O ronco foi uma coisa sobre a qual conversamos muito”, admitiu, “mas assim que começamos a produzir o motor, tive a certeza de que deveríamos fazer este carro”.
O motor em questão é o Ingenium 2.0 l turbo a gasolina, desenhado pela Jaguar Land Rover e produzido na nova fábrica de motores em West Midlands. O argumento a favor do motor de alumínio e injeção direta é convincente: com 296 cv/40,7 kgfm, ele perde apenas 39 cv/5,1 kgfm em relação ao V6 (que permanece na linha), mas contribui com 52 kg a menos de peso, entregando consumo de 16,5 km/l e emissão de 163 g CO2/km; 2,5 km/l e 36 g CO2/km de vantagem anotados em testes de laboratório.
Exceção feita ao escapamento diferente e rodas menores, este modelo de entrada se parece bastante com a versão R-Dynamic V8 de 375 cv.
O argumento contra este motor compacto de 4 cil. turbinado é fraco: ele não substitui o V6; a ação do acelerador tem a mesma preguiça que num F-Type com motor grande; e – como os engenheiros sabiam – você não pode mantê-lo em altos giros para apreciar sua melodia mecânica.
Mas este não é um Cayman/Boxster. Há um profundo e energético som mecânico em médias rotações que me fazem lembrar vagamente – no bom sentido – de um motor 4 cil. Volkswagen mexido, sim dos velhos fuscas. Os giros sobem para um final razoavelmente excitante, alguns estalos acompanham as trocas de marcha e eles parecem fogos de artifício quando se tira o pé do acelerador, muito parecido com os Jaguar bem antigos.
Há uma pequena dose de sons nos alto-falantes para ajudar o escapamento, mas bem sutil, pois basta subir num conversível para perceber que o ronco com a capota aberta é bem interessante, vindo da saída única central diretamente a seus ouvidos (mas o conversível não é uma boa opção para quem gosta de conduções esportivas, pois seu chassi não parece bom como o do cupê).
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