Tem bom custo-benefício e cumpre com o que promete em termos de conforto, desempenho e sofisticação. Poderia ter mais alguns sistema de auxílio a condução, o que poderia interferir na sua competitividade de mercado. Chega em versão única com o preço de R$ 179.990
O Tiggo 7 passa pela sua primeira atualização no Brasil. A exemplo de outros modelos da marca, o novo SUV ganha a nomenclatura PRO, que inclui uma série de mudanças na grade frontal, vários frisos cromados e iluminação totalmente em LED – com luz direcional por meio dos faróis de neblina. As luzes sinalizadoras de direção dianteiras são dinâmicas, iluminando do centro para as laterais. Na traseira, uma barra iluminada sobre a tampa do porta-malas une as lanternas que têm layout bem-resolvido. Lateralmente ele recebeu novo design na coluna traseira e, consequentemente, também na terceira janela. As rodas são aro 18”, diamantadas, com pintura escurecida e calçadas com pneus 225/60 R 18.
O interior não decepciona. Tem sofisticação, frisos cromados e acabamento acetinado de muito bom gosto. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos e o do motorista tem ajuste lombar. O volante tem ajuste de altura e distância, facilitando encontrar a melhor posição para dirigir. A abertura do porta-malas é automática, basta se aproximar e se afastar do carro com a chave no bolso que ela se abre. O Tiggo 7 PRO vem com carregamento por indução para celulares, mas para o espelhamento do Android Auto e do Apple CarPlay ainda é feito por cabo USB. O sistema de ar-condicionado é de duas zonas e tem saída de ar para a traseira.
O quadro de instrumentos digital configurável tem tela de 12,3” e facilidade de leitura. A central tem tela de 10,25” onde pode-se ajustar as funções do sistema de som e acessar várias configurações do veículo. Também projeta as imagens colhidas pela câmera de ré e de visão 360°.
Em termos de segurança ele recebeu seis airbags, sensor de ponto de cego nos retrovisores, e a inovadora advertência de abertura de portas, que alerta sobre o risco de colisão ao abrir as portas. Ficou devendo por não trazer alguns dos principais sistemas de ajuda ao motorista, como o sistema ADAS (Advanced Driver Assistance System) já existente em veículos da categoria. Estão presentes os sistemas tradicionais como controle de velocidade de cruzeiro, sistema de partida remota e alertas de tráfego transversal traseiro e de colisão traseira, que indica a aproximação de veículos em velocidade.
O Tiggo 7 PRO também traz novidades na motorização. Ele recebeu o mesmo propulsor de 1,6 litro, turbo, com duplo comando de válvulas variáveis – na admissão e escapamento – e injeção direta de combustível do Tiggo 8. A potência máxima desenvolvida é de 187 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 28 kgfm entre 2.000 e 4.000 rpm. Ele vai muito bem nas médias acelerações – faixa de rotações aonde mais de dirige –, transmitindo sensação de potência e agilidade.
Já o câmbio recebido é diferente do Tiggo 8. Também é o automatizado de dupla embreagem com sete marchas – que pode ser operado manualmente –, mas recebeu modificações. As mudanças de marchas são rápidas e sem hesitação, tanto nas marchas ascendentes quanto nas reduções. A alavanca seletora no console central é do tipo joystick. Ainda no console está o seletor para modo de condução ECO ou Sport. De acordo com a fabricante, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,1 segundos, nada mal para tamanho e peso do carro – 1.489 kg. A velocidade máxima não foi divulgada.
Mas o que agradou bastante foi o espaço, conforto de rodagem e o silêncio interior do carro. A engenharia conseguiu um ótimo acerto na calibração da suspensão: McPherson na dianteira e multibraço na traseira. Houve mudanças nas molas, amortecedores, buchas e nas barras estabilizadoras. Ela absorve bem as irregularidades do solo transmitindo bem-estar aos ocupantes. A direção com assistência elétrica colabora para a boa sensação ao dirigir, além de transmitir muita segurança. Os freios a disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira, são eficientes para o tamanho e peso do SUV.