Depois de muita espera por conta da pandemia vigente, as 24 Horas de Le Mans finalmente acontecerão neste fim de semana e contarão com nada menos que sete brasileiros no grid de largada. Alguns buscando repetir as vitórias do ano passado, outros buscando conquistas inéditas. E nunca estivemos tão perto de vencer no geral.

Apenas quatro brasileiros foram campeões. Thomar Erdos foi o primeiro bicampeão da LMP2, em 2005 e 2006, com Jaime Melo sendo bicampeão da extinta LM GT2 em 2008 e 2009. Mais recentemente, Daniel Serra vem de bicampeonato na GTE-Pro e André Negrão repetiu o feito de Erdos na LMP2 em 2018.

Na LMP1, principal divisão da prova, Bruno Senna, que é o terceiro colocado no campeonato do WEC com a Rebellion Gibson, será o nosso representante ao lado de Norman Nato e Gustavo Menezes. Ele possui duas vitórias na temporada e terá nos trios da Toyota formados por Mike Conway/Kamui Kobayahi/José Maria López e Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima/Brendon Hartley seus maiores rivais.

Bruno Senna

Prova disso é que o trio de Kobayashi fez a pole, meio segundo à frente do carro de Bruno, enquanto o trio de Buemi sai em terceiro, com os dois Toyota fazendo um “sanduiche” de Rebellion. “Foi muito bom. Estamos surpresos de bater uma Toyota, que em termos de ritmo máximo ainda tem vantagem. Gustavo fez uma supervolta no qualifying e provavelmente também estamos com um pouquinho mais de tempo no carro. Para nós, estar ali já é mais do que bom”, comentou Bruno.

As posições de largada podem ser pouco relevantes numa maratona de 24 horas, normalmente marcada por mudanças nas condições climáticas, acidentes e quebras mecânicas, mas no caso da Rebellion qualquer vantagem poderá ajudar na árdua missão de superar a Toyota. “A corrida será outro esquema. A Toyota tem uma grande superioridade no tráfego. Ganhar é difícil, sabemos, mas vamos fazer o possível. Eu largo e quero tentar passar a Toyota na primeira volta e pelo menos tentar atrasá-los um pouco”, adiantou. A possibilidade de chuva preocupa. “Aí as coisas complicariam bastante para nós, já que nossa performance no molhado não tem sido boa.”

André Negrão

Em busca do bi da LMP2, Negrão segue com a Alpine/Gibson ao lado de Pierre Ragues e Thomas Laurent, saindo em 15º no geral.

Os donos dos últimos cinco títulos da Stock Car estarão na pista neste fim de semana disputando as 24 Horas de Le Mans, maior corrida de longa duração da história do automobilismo. E alguns defendendo o bicampeonato em sua classe na categoria – o que nos enche de orgulho.

Daniel Serra

Na GTE-Pro, categoria que usa carros de GT e formada apenas por pilotos profissionais, Daniel Serra, atual tricampeão da Stock Car, corre atrás do tri também em Le Mans, tendo subido no alto do pódio nas duas últimas edições pela equipe AF Corse, representante oficial da Ferrari e sai em P29.

Campeão de 2015 da Stock Car, Marcos Gomes, que vem apavorando na Asian Le Mans Series, disputa a prova pela GTE-Am (que permite a mescla de pilotos profissionais com pilotos considerados amadores e de idade avançada, como os “gentlemen drivers”) com o mesmo time que representa no oriente e é o atual campeão por lá: a Hub Auto. Ele larga em P48.

Augusto Farfus

Por fim, temos também nosso campeão de 2016, Felipe Fraga, de quem temos saudades, vai tentar novamente ser campeão com a Porsche na GTE-Am, lembrando que no ano passado ele ganhou na pista, mas acabou desclassificado por uma irregularidade técnica no carro que utilizava na época. Ele larga em P44.

Fechando a lista, Oswaldo Negri, em P36 com uma Ferrari, e Augusto Farfus, saíndo em P39 a bordo de um Aston Martins, também competem na GTE-AM. Para a edição deste ano temos 59 carros inscritos.

Oswaldo Negri

Para quem quiser acompanhar, o Fox Sports 2 transmite no sábado a largada e a primeira parte da prova entre 9h15 e 17h, faz uma segunda entrada entre 20h e 20h30 e exibe os momentos finais às 8h do domingo.

GRID DE LARGADA DAS 24 HORAS DE LE MANS