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Brasil volta a ser potência na Fórmula 2 em 2021

Além de Felipe Drugovich, Gianluca Petecof é outro jovem talento de destaque confirmado para disputar a divisão de base em uma boa equipe.

RaceCar

A Fórmula 2 deve voltar a ser mais atrativa aos olhos do público brasileiro ávido por ter novamente um representante fixo na Fórmula 1. Em 2021, o país contará com dois representantes em alta no mercado e competindo por equipes de ponta.

Depois de Felipe Drugovich, destaque do ano passado com três vitórias, ser confirmado pela UNI-Virtuosi, time que disputou o título com Callum Illot, chegou a vez de Gianluca Petecof, campeão da F-Regional (uma espécie de F-Renault atual – ou F-Ford para os mais antigos), ser anunciado pela equipe Campos.

Petecof vem de uma passagem pela Academia de Pilotos da Ferrari, da qual se desligou dias antes de anunciar sua ida para a F2. O jovem de somente 18 anos superou nomes como o de Arthur Leclerc, irmão de Charles, que corre pela Ferrari, enquanto corria o risco de ficar abandonar a categoria por falta de orçamento.

No fim, o saldo foi de quatro vitórias, cinco pódios e 14 pódios, com o nome de Gianluca sendo escolhido pessoalmente por Adrian Campos, dono do time, antes de seu falecimento na semana passada.

“Esse é um acordo que meu pai não conseguiu concluir antes de sua morte, mas sabemos que ter Gianluca conosco na F2 era seu desejo e ele teria dado o seu melhor para fazer isso acontecer” – Adrian Campos Jr., herdeiro do ex-piloto de F1 e dirigente de sucesso nas categorias de base.

Esta será a quarta temporada de Petecof nos monopostos, após passagens pelas F4 alemã e italiana, onde foi campeão. “É uma honra saber que um dos últimos desejos do grande Adrian foi me contratar para correr em um dos carros da Campos, e isso me motiva de uma forma muito especial. A Campos Racing é uma equipe com uma cultura vencedora e cria oportunidades para jovens talentos. Mal posso esperar para começar a trabalhar com eles”.

Por enquanto, só Drugovich e Petecof estão confirmados na F2 para 2021. Guilherme Samaia, que fez uma temporada tímida em seu primeiro ano, fez testes ao fim do ano passado com outros times, mas ainda não tem nada confirmado; já Pedro Piquet, após dois anos onde não conseguiu entregar bons resultados, anunciou sua retirada da divisão de acesso à F1.

“É uma honra saber que um dos últimos desejos do grande Adrian foi me contratar para correr em um dos carros da Campos” – Gianluca Petecof

Mesmo com um representante a menos, as chances de bons resultados aumentaram, principalmente com Drugovich, com um ano de experiência debaixo dos cintos. E nada também impede que Petecof possa ter um ano de estreia surpreendente assim como fez seu compatriota no ano passado.

Que seja um ano frutífero para os dois, pois o sucesso deles e a subsequente promoção para a F1 – por méritos próprios e sem incentivo, que fique bem claro – seria absorvido ao máximo pelo esporte a motor daqui.

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