Sainz na Ferrari? Ricciardo na McLaren? Alonso na Renault? Vettel aposentado? Entenda o que pode rolar.
O anúncio do fim da parceria entre a Ferrari e Sebastian Vettel provocará uma série de mudanças na chamada Dança das Cadeiras da Fórmula 1 para 2021. Afinal, quem ocupar a cobiçada vaga de parceiro de Charles Leclerc certamente também abrirá uma vaga importante a ser preenchida, uma vez que não será qualquer um que entrará para o time sediado em Maranello, na Itália.
O que se ventila na imprensa europeia, principalmente nas grandes mídias, é que Carlos Sainz está a um passo de se acertar com a Ferrari, levando a melhor em uma suposta disputa com Daniel Ricciardo, que, na verdade, seria o substituto do piloto espanhol na equipe McLaren.
Largada do GP do Brasil de 2019 (Beto Issa/GP Brasil F1)
A grande verdade é que a faca e o queijo estão nas mãos da Ferrari e, a partir que ela anunciar o novo piloto, toda uma cadeia de eventos deve acontecer rapidamente. Eventos que podem até já ter rolado, mas fortemente protegidos por contratos e embargos, como de costume na categoria, hoje completando 70 anos de idade em meio a um processo de reinvenção.
O que se sabe de concreto é que Sainz já estaria conversando uma renovação com a McLaren, que terá o retorno dos motores Mercedes em 2021 – e esse é um fator que deve interessar tanto a ele quanto a Ricciardo, disposto a encerrar seu jejum de vitórias na F1 que vem desde o GP de Mônaco de 2018, quando ainda integrava a Red Bull.
Daniel Ricciardo celebra vitória em Mônaco/2018 (Luca Bassani/CAR Magazine)
Porém, em uma disputa McLaren x Ferrari, o time inglês provavelmente tem a consciência e a compreensão de que, caso Sainz seja realmente procurado, certamente vá querer realizar o sonho máximo de todo piloto na F1, que é correr representando o “Cavallino Rampante”, símbolo da Ferrari.
Caso Sainz vá para a Ferrari e Ricciardo ocupe seu lugar, não será a primeira vez que o australiano e o espanhol se cruzam em negociatas das equipes: no ano passado, Ricciardo foi para a Renault ocupar justamente o posto que era de Sainz.
Os dois, aliás, são ligados umbilicamente em suas carreiras pela Red Bull, principal responsável pelo desenvolvimento e pela chegada dos dois na F1 – a única diferença é que Sainz não correu na equipe principal e ainda não têm vitória, enquanto Ricciardo teve sua chance e subiu no lugar mais alto do pódio sete vezes.
Sainz e a McLaren no pódio em Interlagos (Luca Bassani/CAR Magazine)
Sainz tem um pódio só, mas extremamente simbólico: o terceiro lugar no GP do Brasil, conquistado após uma punição aplicada a Lewis Hamilton (que acertou Alex Albon na disputa pelo segundo lugar nas voltas finais), é o marco do renascimento da McLaren, que sofre desde 2015 com parcos resultados – em sua pior fase, terminou os anos de 2015 e 2017 em penúltimo na tabela de equipes. Sem falar que ela não vence desde 2012.
Nas redes sociais, ambos trataram de ignorar o assunto. Ricciardo fez postagens no twitter sobre Automobilismo Virtual, enquanto Sainz deu parabens à Fórmula 1 por mais um aniversário. Em compensação, todos os fãs de F1 estão em polvorosa, criando teses e imaginando o que vai acontecer. E assim a F1 consegue ocupar os holofotes em uma época sem corridas acontecendo – algo merecido nesse 70º aniversário.
Agora, se tudo isso se concretizar, a pergunta que será feita é: e a Renault? O que vai acontecer? Um tal de Fernando Alonso já começou a tacar gasolina nesta fogueira: no Twitter, a Renault decidiu colocar a imagem do espanhol com uma taça nos braços e o bicampeão respondeu com o emoji de um diabinho e a foto dos fãs da Renault na época áurea dos anos 2000. Será? Aí que o bicho vai pegar!
Sebastian Vettel (Beto Issa/GP Brasil F1)
E Sebastian Vettel nisso tudo? Com o nascimento recente de seu filho e seu desânimo evidente, talvez o caminho dele seja mesmo a aposentadoria da F1. Afinal, existe vida (e muito boa) fora da F1.