Assunto é o que não falta para a gente ficar de olho nesta nova temporada que se inicia no fim de semana no Bahrein. Por Bruno Vicaria.
A F1 começa oficialmente nesta sexta-feira em Sakhir, no Bahrein, para a primeira prova da temporada 2021 – campeonato que traz muitas novidades dentro e fora das pistas para todo mundo, inclusive para os fãs brasileiros, uns dos mais animados para esse pontapé inicial, mesmo não tendo nenhum piloto da casa no grid (ainda).
Listamos dez grandes motivos para você ficar em casa e curtir todos os detalhes deste ano que promete ser sensacional em nosso esporte favorito:
Muitos, como este que vos escreve, nunca viu nenhuma corrida de F1 no Brasil fora do Grupo Globo. Claro, nesse primeiro GP a Band vai fazer tudo o que a Globo não vinha fazendo mais um pouco. Basta ver como vai ser esse retorno financeiro, de audiência, e se ela vai manter esse fôlego durante toda a temporada e quando o futebol voltar para valer.
Já quem tem Band Sports vai se esbaldar até com treino livre de F3 e F2. Nesse quesito, será muito interessante, mas, também, vamos ver quando os outros esportes voltarem com tudo. Afinal, a Band Sports é uma só para F1, F2, F3, Stock Car, Stock Light, Porsche Cup, Roland Garros, Olimpíada, etc.
Bem, no pior dos casos, 140 reais por ano e o F1 TV Pro resolvem: eles transmitem todas as sessões, programas de bastidores e um arquivo com corridas dos últimos 40 anos. E dá pra ver sempre, quando e onde quiser.
Atual campeão da F2, Mick Schumacher entra na F1, ou tenta entrar, de forma discreta. Muitos poderão se decepcionar caso ele ande mal neste começo de ano e comparações serão inevitáveis. O interessante será ver como ele vai se comportar e aproveitar essa temporada para tentar se estabelecer como o pai fez. Uma coisa é certa: ele não vai levar uma corrida só como o velho Schumi.
No ano passado, uma das coisas que tiraram um pouco a animação do campeonato foram os problemas de motor da Ferrari. Charles Leclerc ainda tentou fazer milagre, mas Sebastian Vettel não sentiu nem o cheiro do pódio. Se der tudo certo, será um impulso importante não só para a Ferrari, mas também para Alfa Romeo e Haas.
Com a pandemia comendo solto, não é impossível que etapas sejam canceladas e essa temporada, que promete ser a maior da história, tenha no fim menos de 20 e até a possibilidade do GP de São Paulo ser cancelado de novo, pois a coisa aqui está pior que lá e não deverá ser solucionada a curto prazo. Podemos esperar mudanças a qualquer momento.
O russo, que não poderá ser chamado de russo por conta do banimento de seu país dos esportes por conta de casos de doping, já vem chamando a atenção fora das pistas por seu comportamento errático – e a internet não anda perdoando. Quando começar o ano, deverá ser pior essa repulsa. Já o japonês é considerado um dos grandes talentos recentes e o primeiro nascido em 2000 a correr na F1 e já chega em um carro considerado bom para um primeiro ano. Olho nele.
Aos 39 anos, Alonso vem mostrando que a geração dos pilotos da chamada “meia idade” ainda têm lenha para queimar. Junto com Kimi Raikkonen, forma a dupla de “dinossauros” da F1, e ambos, mesmo com carros inferiores, são um espetáculo dentro da pista. Alonso já provou isso várias vezes com a McLaren e Raikkonen chegou a passar 11 carros em uma única volta. Ambos merecem uma atenção mais que especial.
Essa é uma união que, se der certo, será longeva e vitoriosa. A vinda do motor Mercedes fez a McLaren aplicar profundas mudanças em seu carro para receber a usina de força alemã e a torcida de todos é para que elas funcionem, pois o australiano sabe o caminho das pedras e mostrou que, com um carro bom, é candidato a pelo menos vencer corridas.
A ida do mexicano para o time austríaco surpreendeu e certamente será um dos maiores destaques da F1 2021. Pérez pode ou se dar muito bem, ou muito mal. Basta ver como ele vai se adaptar ao carro e como ele vai enfrentar Max Verstappen e se impor dentro do time. Tarefa que, convenhamos, será bastante difícil. Mas não impossível.
O tetracampeão ganhou uma sobrevida na F1 2021 do jeito que ele gosta: em uma equipe com bons recursos, um carro bem-nascido, disposição para crescer e com bons integrantes para isso. Alguma semelhança com sua fase na Red Bull não seria mera coincidência neste caso. Basta ver se a motivação que lhe faltou nos últimos dois anos tenha ressurgido.
Essa é a grande pergunta que não quer calar na F1 2021. Aquela de 1 milhão de reais e que talvez a corrida deste fim de semana não seja suficiente para nos dar a resposta. É o desejo da grande maioria dos torcedores. Com tantos ingredientes interessantes como os citados nos nove tópicos acima, somados à pré-temporada pobre em resultados do time alemão, não tem como não querer sonhar com um campeonato completamente embolado.