Maior categoria do automobilismo têm início no dia 28 de março, no Bahrein; veja galeria de fotos e informações dos novos carros do grid.
Com as equipes apresentando seus novos carros para 2021, a CAR Magazine decidiu juntar num único espaço as principais fotos e detalhes de cada um desses lançamentos.
Apesar de ser uma temporada sem muitas novidades, pois as regras estão basicamente congeladas por conta da pandemia e do corte de custos (salvo uma atualização na asa dianteira), muitos aperfeiçoaram seus equipamentos, tanto aerodinamica quanto mecanicamente, e algumas equipes decidiram inovar no visual.
Vamos conferir cada um dos novos modelos para 2021:
Carro a ser batido desde a temporada de 2014, a Mercedes focou no desenvolvimento de seu motor para 2021 e na evolução de sua pintura, toda preta em alusão ao combate anti-racismo e com maior destaque para a marca AMG, divisão esportiva da montadora e um aumento da cor vinho por conta de um patrocinador.
Fora das pistas, o trabalho foi maior em manter Toto Wolff como chefe de equipe por mais três anos e manter Lewis Hamilton por mais uma temporada, ao lado de Valtteri Bottas.
“Completamos um trabalho de evolução da confiabilidade da unidade de potência. Em 2020, usamos uma estrutura de alumínio que não foi tão confiável, então introduzimos um novo material. Além disso, ajustamos o ERS para ser mais resiliente. Em uma temporada com 23 corridas, a resistência do motor é vital”, comentou o chefe de motores Hywel Thomas.
Como o próprio nome do modelo já diz, o RB16B da Red Bull é uma explícita evolução do carro do ano passado. Cerca de 60% do modelo tem como base o equipamento de 2020.
A nova máquina de Max Verstappen e Sérgio Perez teve sua evolução focada na aerodinâmica, um ponto que, segundo Christian Horner, foi um dos problemas no ano passado. Esta será a última temporada em parceria com a Honda, que cedeu para o time austríaco o desenvolvimento de seu programa de motores.
“Acho que evoluimos bastante durante 2020 e todas essas lições que aprendemos no ano passado foram aplicadas nesse modelo”, comentou Horner.
Por meio de um vídeo divulgado em seu site oficial, a Ferrari revelou o carro com o qual pretende deixar para trás a pior temporada que teve em 40 anos em 2020. O SF21 possui muitas alterações por baixo da carenagem, mas a pintura também merece muito destaque.
Depois de anos com um vermelho forte, o time passa a ter tons de vinho nas extremidades, além de um incomum verde – obra de sua principal patrocinadora, a marca de cigarros eletrônicos Mission Winnow. Até o estilo dos números do carro mudou, emulando o utilizado em Mugello.
Além de uma revisão na parte aerodinâmica, o time terá um motor completamente novo. O propulsor foi o grande calcanhar de aquiles de Charles Leclerc no ano passado. Em 2021, o francês terá a companhia do espanhol Carlos Sainz, que substitui Sebastian Vettel.
“Baseado em nossas simulações e no que podemos ver em termos de emissão de potência nos dinamômetros e arrasto aerodinâmico, acho que recuperamos muita da nossa velocidade nas retas, então acho que esse não será mais um problema. Esperamos ser competitivos, mas só saberemos isso no Bahrein”, comentou o chefe de equipe Mattia Binotto.
A marca inglesa encerra em 2021 um jejum de 61 anos distante do grid com o AMR21, carro que é uma evolução do RP20, utilizado pela antiga Racing Point e uma boa base, já que é um modelo inspirado no Mercedes-Benz vencedor de uma corrida no ano passado.
“A principal evolução foi na parte aerodinâmica. A mudança que veio no fim do ano passado teve um grande efeito na nossa performance e passamos o inverno tentando recuperar esse terreno”, comentou o diretor técnico Andrew Green.
“Trocamos a traseira do carro, aplicando a suspensão fornecida pela Mercedes. Foram as duas partes que nos concentramos neste inverno”, encerra Green.
Outra grande novidade no grid, a Alpine compete com a Aston Martin no quesito carro mais bonito do grid com seu A521, com predominância de azul e tons de vermelho, branco e preto.
Este modelo também é uma evolução do Renault utilizado até o ano passado e que levou Esteban Ocon ao segundo lugar no GP de Sakhir. Algumas evoluções na asa dianteira e no assoalho receberam o foco para melhorar a eficiência do difusor do carro, que “engordou” um pouco em suas formas, principalmente nas laterais e na tomada de ar.
O carro não traz muitas novidades: o principal é o que acontece nos bastidores. Fernando Alonso está de volta após dois anos fora, enquanto o ex-chefe da Suzuki na MotoGP, Davide Brivio, é o novo diretor de corridas, ao lado do diretor executivo Marcin Budkowski.
Mesmo com o regulamento congelado para conter custos, a McLaren realizou muitas mudanças em seu carro principalmente por conta da troca da fornecedora de motores de Renault para Mercedes.
Com isso, os trabalhos se concentraram nas pequenas correções aerodinâmicas e na reconstrução da traseira do carro com o objetivo de lutar pela terceira posição entre as equipes, sendo representada por Lando Norris e Daniel Ricciardo.
Outro fato interessante é a quantidade de patrocínios presentes no carro: 35! Apoio primordial para esse investimento no equipamento com o objetivo de seguir a evolução e passar bem longe do ostracismo de cinco anos atrás.
A Alpha Tauri apresentou seu AT02 com o objetivo de manter sua melhor fase nas pistas desde 2008. Esse já é um carro que tem pequenas diferenças em relação ao do ano passado, principalmente na parte aerodinâmica por conta de mudanças requisitadas na asa frontal.
“Passamos muito tempo trabalhando para recuperar o prejuízo aerodinâmico por conta das mudanças nas regras, também focando em melhorar e aumentar a área aerodinâmica, pensando tanto em 2021 quanto em 2022”, afirmou o diretor técnico Jody Egginton.
O conjunto de suspensão do carro também foi alterado e foi incorporada a especificação da Red Bull usada em 2020. Entre os pilotos, a novidade é o japonês Yuki Tsunoda ao lado de Pierre Gasly.
Buscando deixar para trás a péssima campanha de 2020, quando brigou com Haas e Williams pelo fundo do pelotão, a Alfa Romeo apresentou um modelo C41 com uma pintura um pouco diferente, com maior presença da cor de vinho.
O time espera que seu calcanhar de aquiles, o motor Ferrari, não seja novamente um grande problema para 2021, com a marca italiana garantindo que está tudo solucionado. É o que esperam Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi.
“Cada equipe no grid tem expectativas muito altas no momento. Todas as equipes esperam fazer um bom trabalho no inverno e começar o ano com o pé direito, mas em breve chegará a hora de todos mostrarem suas cartas. Para melhorarmos a oitava posição de 2021, buscamos evoluir em cada departamento, na pista e na fábrica”, completou o chefe de equipe Frederic Vasseur.
A Haas mal apresentou seu novo modelo, que marcará a estreia de Mick Schumacher, e já entrou em uma polêmica: por conta do patrocinador russo de Nikita Mazepin, o time pintou os carros com a bandeira da Rússia e deverá ser forçada a mudar de cores.
Isso se dá pelo fato de a Rússia estar suspensa do esporte por conta de casos de doping e, com isso, qualquer referência à bandeira russa é proibida. A investigação está sendo conduzida pela WADA, entidade responsável pelo banimento dos russos.
O novo carro se beneficia da maior aproximação com a Ferrari, tendo inclusive um espaço dentro da base do time italiano, redistribuíndo seus integrantes entre a fábrica de Maranello e a sede norte-americana.
A Williams prometeu um grande lançamento virtual, mas hackers transformaram tudo em um grande fiasco. Coube aos fãs se assustarem com a mudança mais radical de pintura dos últimos anos em uma versão computadorizada do FW43B.
O branco passou a ficar misturado com vários tons diferentes de azul e estranhas linhas amarelas em alguns detalhes, com o logo da equipe – vendida na temporada passada para o grupo norte-americano Dorilton Capital – estilizado na tomada de ar. A pintura escancara a falta de patrocinadores do time, em fase de reformulação.
De acordo com a nova administração, as cores reconhecem o passado e sustentam o espirito do DNA do time, que passa a ter Simon Roberts como chefe de equipe e Jost Capito, ex-Volkswagen, como CEO, além de Jenson Button, que fez sua estreia pelo time em 2000, como consultor.
2021 é a chance da Williams sair da lanterna do grid, posição que ocupa desde 2018 e o time espera construir em cima das melhorias do ano passado, quando brigou com Haas e Alfa Romeo, para ter dias melhores, mantendo George Russell e Nicolas Latifi como pilotos.