Após uma longa espera e uma corrida que nunca existiu na Austrália em março, a Fórmula 1 está de volta neste fim de semana com a abertura da temporada 2020 no circuito Red Bull Ring, localizado na Áustria, que receberá as duas primeiras etapas do ano.
A prova, marcada para as 10h do domingo (horário de Brasília), terá transmissão pela Rede Globo e contará com alguns atrativos interessantes: a Mercedes com seus carros negros, pilotos iniciando a temporada contratados por outras equipes (casos de Carlos Sainz, da McLaren, que irá para a Ferrari; Daniel Ricciardo, da Renault, que vai para a McLaren, e Sebastian Vettel, cujo futuro só Deus sabe após deixar a Ferrari no fim deste ano) e o próprio calendário, que só tem oito provas confirmadas, entre outras mudanças de layouts e internas.
Por isso, a CAR MAGAZINE/RACECAR preparou esse guia com informações de todas as equipes e pilotos inscritos. Confira:
MERCEDES
44 – LEWIS HAMILTON
77 – VALTTERI BOTTAS
Favorita para conquistar o sétimo título consecutivo entre as equipes, acabou de perder com o adiamento da F1 o maior trunfo do modelo W11: o DAS que é o sistema de duas posições da coluna de direção em relação à suspenção. Mostrar aos adversários sua nova arma para depois aguardar para usá-la na batalha, dará aos adversários tempo para copiá-la. Lewis Hamilton continuará dando as cartas e Valtteri Bottas continuará a entregar a meta como escudeiro.
FERRARI
5 – SEBASTIAN VETTEL
16 – CHARLES LECLERC
A Ferrari foi a equipe que mais sofreu com o novo coronavírus. A pandemia e a morte ocorreram no jardim de casa. Mas será que tanto sofrimento foi o suficiente para os Italianos esquecerem o GP Brasil de 2019? O acidente bizarro de Charles Leclerc e Sebastian Vettel em Interlagos parece ter motivado a saída do alemão no final de 2020. A Ferrari SF 1000 parece competitiva e ter velocidade, porém força não é nada sem controle. Capisce, Mattia Binotto?
RED BULL
33 – MAX VERSTAPPEN
23 – ALEXANDER ALBON
Finalmente parece que chegou a hora de tanto a Red Bull como a Honda serem novamente postulantes ao título mundial de construtores. O chassis do RB16 nasceu muito bom, como sempre, mas será a evolução do motor Honda que levará o time austríaco ao lugar mais alto do pódio. Max Verstappen parece que está amadurecendo sem perder seu incontrolável apetite por vitórias. O excelente Alexander Albon ajudará muito a equipe na pontuação do mundial.
MCLAREN
55 – CARLOS SAINZ
4 – LANDO NORRIS
Depois de uma boa temporada de 2019, quando conquistou o quarto lugar entre os construtores, a casa parece arrumada. Mas é uma casa pronta para a mudança. Em 2020 a equipe correrá com motores Renault, mas a partir de 2021 voltará a ter motores Mercedes depois de 6 temporadas. O novo McLaren MCL35 poderá ser adaptado para o ano que vem. A dupla de pilotos Carlos Sainz Jr e Lando Norris é sem dúvida a melhor dupla jovem da F1.
RENAULT
3 – DANIEL RICCARDO
31 – ESTEBAN OCON
O conceito é o renascimento francês. A equipe francesa parece ter produzido o melhor carro das últimas temporadas. O novo Renault R.S.20 é digno para fazer Daniel Ricciardo voltar a vencer. Mas o australiano sai da equipe no final de 2020 e os frutos da sua aposta agora é incerta. Ricciardo deixou a Red Bull focada em Verstappen, para apostar no grande investimento dos franceses, mas desistiu para ir para a McLaren em 2021. O jovem talento francês Esteban Ocon deverá ser uma das atrações da temporada.
ALPHA TAURI
10 – PIERRE GASLY
26 – DANIIL KVYAT
Novo nome, novas cores, mas o mesmo papel: ser a equipe número dois da milionária austríaca Red Bull. Com sede na cidade Italiana de Faenza, a equipe conviveu com a pandemia do Covid-19. Porém todo o trabalho já estava feito. O novo AT 01 que também conta com o motor Honda, andou muito bem em Barcelona. Depois do excelente segundo lugar no GP Brasil 2019, o francês Pierre Gasly está muito motivado. Daniil Kvyat tem profissionalismo, só isso.
RACING POINT
11 – SERGIO PEREZ
18 – LANCE STROLL
Quando apareceu em Barcelona na pré temporada, o novo RP20 logo ganhou o apelido de Mercedes cor de rosa. Curiosamente as linhas do carro lembram muito a Mercedes de Hamilton de 2019. Mas não é só o visual, o novo modelo andou muito bem na pista catalã e chegou a liderar a tabela de tempos com Sergio Pérez. Sem dúvida é uma equipe que cresce com o investimento do pai de Lance Stroll, e se tornará oficialmente Aston Martin em 2021.
ALFA ROMEO
7 – KIMI RÄIKKÖNEN
99 – ANTONIO GIOVINAZZI
A equipe B da Ferrari com sede na Suíça produziu um bom carro no inverno. Nos teste de Barcelona o novo Alfa Romeo C39 (que continua a seguir a nomenclatura da equipe Sauber) andou muito bem e sem dúvida é melhor que o seu antecessor, que ficou em oitavo no campeonato. O experiente Kimi Raikkonën terá equipamento para tentar voltar ao pódio na temporada, enquanto seu companheiro Antonio Giovinazzi precisa ser mais regular.
HAAS
8 – ROMAIN GROSJEAN
20 – KEVIN MAGNUSSEN
Identidade é o que falta quando já se tem tudo. O motor é a mesma versão dos propulsores da Ferrari. Dinheiro não parece ser o problema, mas a equipe americana com base na Inglaterra parece perdida no grid da F1. É só assistir a Netflix para ver como Günther Steiner é fraco ao não demitir ninguém. O Instável Romain Grosjean deveria voltar a fazer análise, enquanto Kevin Magnussen merece o cockpit. O Haas VF-20 parece bom, mas pouco importa.
WILLIAMS
63 – GEORGE RUSSELL
6 – NICHOLAS LATIFI
A equipe de Claire Williams precisava de um milagre para 2020: fazer um bom carro com um pequeno orçamento para sair do final do grid, a rotina nas duas últimas temporadas. O novo FW43 é uma luz no fim do túnel. Nas mãos do promissor inglês George Russel a Williams concluiu alguns dias de testes em Barcelona no meio da tabela de tempos. O pagante na outra vaga é o canadense Nicholas Latifi, estreante em 2020.