Apresentações da temporada 2023 da F1 servem apenas para mostrar cores e ativar patrocinadores, nada mais.
Com muita pompa, as equipes da F1 anunciaram o lançamento de seus carros para a temporada 2022. No entanto, de novo ali não tem nada.
Por enquanto, ninguém mostrou carros novos, apenas pinturas novas em carros do ano anterior. Uma ferramenta clara de marketing, mas que nada tem de esportiva.
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Isso podia muito bem funcionar na F1 dos anos 2010, quando, em baixa, as pessoas só se interessavam em ver se o carro carregava um degrau grande na frente ou o formato da protuberância no bico – ou outra extravagância da “engenharia de brechas de regulamento”.
Agora, fazer isso em pleno 2023, após o boom do “Drive To Survive” e o crescimento exponencial de fãs, influencers e veículos especializados, é ridículo. Uma rápida passada nessas redes após o “lançamento” de algumas equipes revela o descontentamento.
Aqui no Brasil, mais ainda, pois tivemos eventos, como o da Alfa Romeo, que começou às 6h30 da manhã no horário daqui. Tudo bem que, de acordo com a revista inglesa “Autosport” (que recebe todos esses convites), eles deixam claro que é um lançamento de temporada ou de pintura.
Mas é lançamento. E nas redes sociais, pelo menos, não há toda essa clareza.
Até o momento desta coluna (9 de fevereiro), tivemos quatro “lançamentos” (Haas, Red Bull, Williams e Alfa Romeo) e NENHUM DELES continha o carro de 2023. Isso quando a pintura não era basicamente a mesma, não é Red Bull? No caso dela, o que salvou foi o anúncio da parceria com a Ford no mesmo dia, o que praticamente ofuscou o tal “lançamento”.
Resumindo: de informativo e agregador, esses supostos lançamentos não tem nada. É uma tentativa de usar o glamour das apresentações da década de 90 para ativar patrocinadores e conseguir um retorno de mídia a mais em uma época onde nada acontece diante de um público que consome todas as virgulas publicadas sobre F1, mas não é bobo.
O bicho vai pegar mesmo e você vai ver todos os carros novos quase que de uma vez no dia 23 de fevereiro, no Bahrein.
Até lá, você pode ver essas apresentações on demand na hora que quiser, pois elas não passam de puro entretenimento barato.
Aliás, vejam abaixo o que era lançamento de verdade: