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Relâmpago no deserto

Ao estrear o carro de segunda geração, a fórmula elétrica foi apresentar na terra do petróleo o futuro da mobilidade humana. CAR Magazine acompanhou o início da quinta temporada da nova realidade do automobilismo internacional. Texto: Luca Coser Bassani, enviado especial à Arábia Saudita | Fotos: Alex Farias, José Mário Dias e Luca Bassani

RaceCar

Os desafios da vida de um jornalista muitas vezes residem no simples fato de ser necessário ir para um lugar onde muitos não pensam nem chegar perto. Ao longo desses anos explorando o nosso globo através da profissão, poucos foram os países que despertaram tamanha contradição em minha mente quanto a Arábia Saudita. Ao contrário de alguns de seus vizinhos, como Iraque ou Iêmen, o reino saudita se destaca pela segurança e ausência de conflitos armados em seu território. Porém, o forte conservadorismo religioso, a censura à imprensa e o recente assassinato de um colega de profissão a mando da família real transformam até o mais pacífico dos países em um destino nada atraente.

Como já foi observado ao longo da história, muitos países que lutam contra uma imagem ruim no cenário internacional tentam abrir suas portas por meio do esporte, seja pela atuação de seus atletas ou simplesmente sediando eventos esportivos de repercussão global. E foi nesse contexto de mudança e na tentativa de mostrar uma nova face da Arábia Saudita para o mundo que a Formula E desembarcou no Oriente Médio pela primeira vez. Curiosamente coube à propulsão elétrica realizar o primeiro evento automobilístico4 sediado no país, exatamente na terra do petróleo.

Para se compreender como um dos países islâmicos que seguem o Corão da maneira mais severa no mundo chegou ao ano de 2018 para sediar uma das categorias mais vanguardistas do momento, é necessário fazer uma breve apresentação do príncipe herdeiro do trono Saudita, Mohammad bin Salman. Filho do rei Salman bin Abdulaziz, o jovem príncipe de apenas 33 anos – e já atuante ministro da defesa – iniciou uma série de medidas para modernizar o país no âmbito sócio-cultural. Apesar de grandes controvérsias que cercam a imagem do futuro rei, seus esforços e iniciativas têm dado frutos e colocado a Arábia Saudita pela primeira vez em páginas de noticiários que não sejam apenas de política ou economia.

A nômade Fórmula E montou suas tendas no deserto para iniciar sua quinta temporada

Em meio a conferências de imprensa, na primeira etapa tive um momento tenso de fama em solo árabe. Um colega de uma das TVs locais pediu que eu concedesse a ele uma entrevista; e, pela primeira vez em muito tempo, acostumado a fazer perguntas, tive que dar respostas, muito politicamente pensadas. Indagaram a minha opinião em relação à organização do evento, ao traçado da pista e à recepção dos sauditas à imprensa internacional. Após recentes acontecimentos, em 2018, quando o jornalista árabe de passaporte norte-americano Jamal Khashoggi foi assassinado na embaixada saudita em Istambul, a imagem do país estava muito desgastada nos noticiários ocidentais. Confesso que a impressão com os locais foi extremamente positiva, porém compreendo que a Fórmula E serviu como certa redenção política, uma tentativa de trazer nova carapaça para o já conhecido drama geopolítico do país. A sensação de estar sendo observado acompanhou-me por muitos momentos dentro e fora do autódromo.

A Formula E passou por uma série de reformulações desde o final da quarta temporada e chega a 2018/2019 com novidades que prometem atrair ainda mais o público tradicional das corridas de final de semana. Uma delas é o aumento da potência da bateria dos carros, que agora tem 250 kW, dispensando a necessidade de se fazer o embaraçoso pit stop, quando o piloto trocava de carro no meio da corrida. Seguindo essa mesma linha de inovações, os idealizadores da categoria introduziram o Attack Mode, uma espécie de boost que relembra os clássicos do videogame, como o Mário Kart.

Tal função será usada de duas a quatro vezes na corrida, de acordo com a decisão do diretor de prova. Para que seja ativado, o piloto deve passar em cima de uma área demarcada na parte externa de uma curva, longe da tangência, sendo que essa manobra garante energia extra para ultrapassar um adversário. Uma versão high tech da já velha abertura de asa traseira num F1. Segundo Allan McNish, chefe da equipe Audi Sport ABT Schaeffler, os desafios da temporada são principalmente tudo o que tange às novas regras. “Isso inclui a utilização do boost e o fato de não haver mais dois carros, fazendo a corrida seguir sem pit stop por 40 minutos”. Segundo ele, tal novidade trará mais dinamismo às corridas e aumentará ainda mais o desafio de se tomar decisões durante as provas.

A categoria continua indo na contramão da Fórmula 1. As corridas são4 nas cidades, próximo ao público que participa mais interativamente. Escolheu correr aos sábados e prefere o período das férias. Contudo, o mais relevante na nova Fórmula E nessa temporada é a massiva presença de equipes oficiais das fabricantes de automóveis. Atualmente já marcam presença no grid Audi, BMW, Jaguar, Nissan e Mahindra. A Citroën está presente na equipe Techeetah com sua marca esportiva DS; porém, quando questionados se a equipe é da fabricante francesa, a negativa dos dirigentes soa mais como a expectativa de vender essa propriedade para a fabricante europeia. Na sexta temporada, com início ainda em 2019, teremos a chegada das alemãs Porsche e Mercedes-Benz. Num futuro próximo, todas as 11 equipes deverão ser oficiais de fábrica e até já se cogita a falta de vagas para essa demanda. É natural que todas as fabricantes busquem na categoria uma visibilidade dos novos conceitos elétricos que trabalham para o futuro da mobilidade humana. A partir de 2030, a produção de automóveis com emissões será restrita em toda a Europa. Circula no Radio Box da categoria o rumor de que, em breve, a Ferrari anunciará a sua entrada na Fórmula E. A resistência dos italianos do Grupo FIAT, no entanto, se dá pelo fato de que ainda nessa segunda geração os chassis dos carros da FE sejam fornecidos para todas as equipes pela McLaren. Por ora, cada equipe usa a sua tecnologia na parte de propulsão elétrica e no gerenciamento da renovação de energia proveniente das freadas ou Kers.

Largada para o Saudi ePrix de Ad Diyriah com o português Antônio Félix da Costa na frente

As etapas da quinta temporada acontecerão em 11 países de quatro continentes, contando com um grupo de pilotos experientes e provenientes das mais diversas categorias do automobilismo. Esse ano o Brasil será muito bem representado, com três profissionais entre os 22 do grid, ao contrário da Fórmula 1, na qual não temos representante desde 2018. O primeiro campeão da categoria e ex-piloto da F1 Nelson Piquet Jr. defende a britânica Jaguar Panasonic Racing. O também campeão da categoria Lucas Di Grassi é a estrela da alemã Audi Sport ABT Schaeffler e, para completar o trio brasileiro, Felipe Massa, veterano da Fórmula 1 e vice-campeão mundial, que já estreou nessa temporada pela equipe monegasca Venturi Formula E Team.

Realizada pela primeira vez naquele país, e abrindo a temporada 2018/2019, a corrida da Arábia Saudita foi recheada de contradições e emoções. As cores de terra ao redor da pista já avisavam aos pilotos: estamos no deserto. E não eram só os tons areia, mas também os sons. Quando estávamos no Paddock, ouvíamos as tradicionais orações cinco vezes ao dia, amplificadas pelos megafones das mesquitas de um país onde templos erguidos há mais de mil anos perdem-se em meio aos arranha-céus. Era um horizonte único em tons marcantes em meio a uma composição que parecia irreal quando, durante as atividades de pista, as orações eram mais audíveis que os silenciosos carros da Fórmula E.

Estava também escrito nas estrelas do deserto que os treinos seriam atrasados em virtude de uma forte chuva. Sim, isso mesmo: não bastava a Fórmula E estrear seu novo carro na terra do petróleo, mas também tinha que ser com o requinte de relâmpagos no deserto. A categoria nômade realiza todas as suas principais atividades num único dia, geralmente um sábado. Então, qual a probabilidade de uma chuva intensa cair exatamente na região metropolitana de Ad-Dir’iyah justamente nesse dia? Em uma cena que nunca pensei ver em uma corrida no deserto, assistentes da prova, com rodos, tentavam escoar o excesso de água da pista. E é bom equipes e pilotos já irem se acostumando com esse novo cenário, tendo em vista que a Formula E assinou um contrato de cinco anos com o circuito saudita de Ad-Dir’iyah.

Pouco antes da corrida, dirigi-me à arquibancada principal. Meu intuito era ver de perto a reação dos locais frente a um evento de porte internacional. O entusiasmo das crianças e das mulheres era notável. Caças voavam baixo exalando uma fumaça verde e branca e os espectadores balançavam as bandeiras sauditas, animados com cada carro que passava. Antes da largada, presenças ilustres, como o presidente da FIA, Jean Todt, e o príncipe Mohammad bin Salman, tiravam fotos com os plebeus na maior naturalidade.

Felipe Nasr estreou no México e é o quarto brasileiro no grid da Fórmula E

Pole position, o português António Félix da Costa, piloto da estreante BMW i Andretti Motorsport, venceu com autoridade. A corrida foi emocionante, com diversas ultrapassagens, provando que o novo conceito do Attack Mode funciona muito bem. O atual campeão, o francês Jean-Eric Vergne, da equipe chinesa DS Techeetah, após liderar a corrida por algumas voltas, terminou na segunda colocação. O belga Jérôme D´Ambrosio, da indiana Mahindra, completou o pódio em Ad Diyriah. Dentre os brasileiros, Lucas Di Grassi ficou com a melhor posição, em 9o lugar, seguido por Nelson Piquet Jr., em 10o. O estreante Felipe Massa contou que foi muito bem recebido na Arábia Saudita e comparou a estreia da FE em Riyadh com os primeiros anos da F1 no Bahrein, país que na época também era bem desconhecido pelo circo da velocidade.

A experiência na Arábia Saudita foi muito além da Fórmula E. O rei Salman bin Abdulaziz ordenou uma recepção cuidadosa para os jornalistas estrangeiros credenciados pela FIA. Fizemos um tour pelo complexo histórico que cerca a pista de Ad-Dir’iyah. Tivemos um coquetel com café árabe, doces típicos e um guia diferente literalmente a cada 10 passos dados. Conhecemos o Palácio At-Turaif, que foi muito importante para a família real ainda no primeiro estado saudita, antes da invasão dos turcos otomanos. A cidade que hoje sedia a corrida serviu como capital por várias décadas e é crucial para a história e identidade do país. No final do expediente tivemos um passeio em uma espécie de Mall local. Aspecto monocromático dessa sociedade, homens todos de branco, mulheres todas de preto. Sorrisos e olhares trocados ao longo do caminho, alguns de admiração, outros de reprovação.

Como encerramento, um grande show do DJ francês David Guetta nas cercanias da pista. O melhor da música eletrônica e ocidental em um dos países mais conservadores do mundo dá uma ideia de quão altos são os voos alçados pela nova filosofia do príncipe . Sem a presença de álcool, já que sua venda e consumo são proibidos no país.

No dia seguinte após a corrida, mas dessa vez sem credencial, saí para tentar explorar o país por conta própria, para, assim, ter uma visão mais íntima do que é a Arábia Saudita e não do que querem que vejamos do país. Organizei, com um guia paquistanês, um tour privado. Foram quase 100 km dirigidos em direção ao norte da capital Riyadh para visitar o limite do mundo (Edge of the World), grande cânion no meio do deserto. No caminho, chamam a atenção a ausência de cidades e a presença apenas de pequenos povoados e pastores de camelos na beira da estrada. Por aqui a gasolina realmente é muito barata: cerca de 25 centavos de dólar pelo litro, e com direito a reclamações do povo local por um grande aumento no preço no último ano, cerca de 10 centavos a mais do que custava 12 meses antes. Muitos carros americanos ao longo do caminho, caminhonetes das mais variadas e muitos modelos 4×4 para se dirigir nas inconsistentes estradas do deserto.

Chegando ao meu destino, negociei com os policiais – usando a premissa de ser um jornalista estrangeiro – o que seria minha última oportunidade no país de visitar o parque nacional, já que aos domingos ele está sempre fechado, permanecendo aberto apenas para a realeza e seus convidados. Acompanhados por um policial, dirigimos mais 30 km deserto adentro, onde já não havia mais estradas. Ao chegar ao cânion, soube que um príncipe havia reservado a área para receber amigos da Europa, provavelmente presentes na Fórmula E. Na frente de uma luxuosa tenda cheia de tapetes persas, uma Mercedes 6×6 e garçons de smoking branco servindo sucos frescos embaixo do escaldante sol do deserto. Tempo para explorar aquela maravilha natural sozinho em meio ao silêncio e sabedoria de um dos ambientes mais áridos do planeta. Ensinamentos beduínos através dos chás feitos de raízes que crescem no solo seco e a grande contradição de ver no mesmo local os nobres e os servos. No retorno à Riyadh, deparei-me com uma cidade realmente moderna, cheia de luzes e edifícios das mais diversas formas e alturas. O dinheiro do petróleo fazendo nascer vida no deserto há algumas décadas. A primeira e histórica corrida da Fórmula E na Arábia Saudita ficará para a categoria como uma lição que o impossível e o improvável não fazem mais parte do terceiro milênio.

A Formula E seguiu então para a segunda etapa: o ePrix do Marrocos em Marrakesh. Lá, pela primeira vez em sua história de cinco anos, a categoria experimentou uma polêmica envolvendo ordens de equipe, sintoma de seu crescimento internacional. A BMW i Andretti liderava a corrida para fazer uma dobradinha histórica com o líder do campeonato, António Félix da Costa, seguido por Alexander Sims. Faltando apenas nove minutos para a bandeira quadriculada, Sims atacou Félix da Costa e os dois companheiros de equipe bateram. O português abandonou e o inglês chegou apenas na quarta posição, um desastre para a equipe. Apuramos, na etapa seguinte, em Santiago (Chile), que a ordem de continuar em suas posições seria dada aos pilotos da BMW na volta seguinte à do acidente. A vitória caiu no colo do belga Jérôme d´Ambrosio, da indiana Mahindra, seguido pelo holandês Robert Frijns e pelo inglês Sam Bird, a dupla da equipe Virgin, que completaram o pódio em Marrakesh. Os brasileiros novamente não ficaram entre os primeiros.

A terceira etapa foi realizada em Santiago, capital chilena, no Parque O´Higgins. Desta vez, a nota ruim ficou dividida entre o brasileiro Lucas Di Grassi e as confusas regras da categoria. O piloto da Audi conquistou a pole position, porém 40 minutos antes da largada foi desclassificado por uma regra que não permite o uso diferenciado do freio na volta de desaceleração de retorno aos boxes. Na corrida, Di Grassi ainda levou uma penalização por forçar ultrapassagens. Felipe Massa fez uma boa classificação, largando em nono, mas sua equipe, a Venturi, ainda está devendo ao piloto brasileiro uma melhor oportunidade. Massa abandonou no meio da corrida. Nelson Piquet Jr. terminou em décimo primeiro, o brasileiro mais bem colocado. A vitória no ePrix de Santiago ficou com Sam Bird, da Virgin, seguido pelos alemães Pascal Wehrlein, excelente piloto da Mahindra, e Daniel Abt, da Audi.

O futuro do automobilismo mundial chegou; e não tem mais volta. Você pode assistir às etapas da temporada 2018/2019 da Fórmula E no Brasil pelo canal a cabo Fox Sports sempre aos sábados. A atual temporada, depois de passar pelo Oriente Médio, África e América Latina, segue para a China e Europa e termina em Nova Iorque (EUA), em julho de 2019. Corridas competitivas e cenários deslumbrantes, aliados a uma receita inovadora, garantem grande emoção aos espectadores da categoria que conquista mais fãs a cada ano. E que promove uma real reflexão para o futuro da mobilidade e do automobilismo no século XXI. Acompanharemos com grande expectativa seus caminhos eletrizantes.

A corrida do México foi algo, digamos, fora da curva – com o perdão do trocadilho. Depois da etapa chilena, o comportamento e o modo confiante de Di Grassi já indicavam que o brasileiro e a equipe Audi Sport Abt Schaeffler haviam encontrado um novo caminho para ajustar o modelo e-Tron FE05.

O recado foi dado rapidamente. O alemão Daniel Abt, parceiro de equipe de Lucas, foi o mais rápido no primeiro treino no México. O brasileiro, no seu estilo, fez um treino modesto, focando no ajuste para a corrida – que é sempre sua meta no trabalho de box. No segundo treino do dia, Di Grassi, nono colocado, deu a senha: “Acho que o carro tem mais velocidade do que parece”, informou, meio que sugerindo que a equipe poderia estar escondendo o jogo. E estava. Na classificação, o alemão Pascal Wehrlein ficou com a pole. Di Grassi foi segundo colocado, enquanto Abt cometia um erro que o 4 relegou para o final do pelotão. Felipe Massa foi outro destaque brasileiro no grid, com o terceiro posto – um indicativo que ele também pode brigar por pódios este ano.

Na corrida, Lucas e Massa foram surpreendidos pela largada do britânico Oliver Rowland, que saíra em quarto e pulou para segundo. Novamente seguindo seu padrão, Di Grassi focou no resultado. Não reagiu, conduziu o F-E com delicadeza, poupando pneus e reservando energia para o final. Mas já na terceira volta um acidente acabaria com as estratégias de corrida de todos no grid. Nelsinho Piquet tentou ultrapassar Jean-Éric Vergne. Em uma freada, o brasileiro atropelou o F-E do francês, saiu voando, para cair novamente sobre o carro de Vergne e sair direto até bater no muro. De quem foi a culpa? Vergne alega que Piquet perdeu o ponto de freada. O brasileiro jura que o francês freou cedo demais. Mas não importa.

A prova foi interrompida e reiniciada, mantendo-se o tempo total restante para a finalização. Com pneus em melhores condições e mais energia para gastar, Di Grassi ultrapassou Rowland, apesar de o britânico estar vitaminado pelo modo ataque, e passou a perseguir Wehrlein. Na última volta, com todos os pilotos com 1 ou 2% apenas de bateria, Di Grassi infernizou o alemão e o forçou a usar ainda mais energia do que deveria. O alemão usou e abusou das fechadas e, em um último suspiro, já sem energia, tentou espremer Lucas contra o muro, ocupando toda a lateral direita do traçado, a dez metros da chegada. Di Grassi então resolveu ultrapassá-lo por fora da pista, com o F-E escorregando de lado em plena reta, ganhando a liderança por apenas meio carro.
Foi a chegada mais espetacular da história da F-E, e uma das mais marcantes do automobilismo moderno. Felipe Massa poderia ter disputado essa vitória também. Mas um erro de cálculo de seu engenheiro o fez gastar mais energia do que deveria no início da corrida. No final, o ex-piloto da Ferrari sacrificou a competitividade para não ficar sem bateria, terminando em oitavo. Lucas pulou para quarto no campeonato, a apenas 19 pontos do líder Jérôme D’Ambrosio.

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